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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009










O caratê[1] (português brasileiro) ou karaté / caraté[2][3] (português europeu) (em japonês 空手, karate, ou 空手道, karate-dō, "caminho da mão vazia"), é uma arte marcial desenvolvida a partir do kenpō chinês[4] (em particular o kung fu da China meridional) e de métodos autóctones de lutas das ilhas Ryūkyū[5]. O caratê é predominantemente uma arte de golpes, como pontapés (chutes), socos, joelhadas e cotoveladas e golpes com a palma da mão aberta. Bloqueios de articulações, lançamentos e golpes em áreas vitais também são ensinados, dependendo do estilo. Um praticante de caratê é denominado "carateca".
O caratê é uma forma de budo (武道, caminho marcial), enfatizando as técnicas de percussão atemi waza (como defesas, socos e chutes) ao invés das técnicas de projeções e imobilizações. O treino de caratê pode ser dividido em três partes principais: Kihon, Kata e Kumite.
  • Kihon (基本, "fundamentos") é o estudo dos movimentos básicos.
  • Kata (型, "forma", "padrão") é uma espécie de luta contra um inimigo imaginário expressa em seqüências fixas de movimentos.
  • Kumite (組手, "encontro de mãos") é a luta propriamente dita. Em sua forma mais básica é combinada (com movimentos predeterminados) entre os lutadores para, posteriormente, alcançar o jyu kumite (combate livre ou sem regras). A forma desportiva, ou combate com regras, é conhecida como Shiai-kumite.

História

Originalmente a palavra karatê era escrita com os ideogramas 空手 ("mãos vazias") se referindo à dinastia chinesa Tang ou, por extensão, a mão chinesa, refletindo a influência chinesa nesse estilo de luta.
O karatê é provavelmente uma mistura de uma arte de luta chinesa levada a Okinawa por mercadores e marinheiros da província de Fujian com uma arte própria de Okinawa. Os nativos de Okinawa chamam este estilo de Okinawa-te ("mão de Okinawa"). Os estilos de karatê de Okinawa mais antigos são o Shuri-te, o Naha-te e o Tomari-te, assim chamados de acordo com os nomes das três cidades em que eles foram criados.
Em [1820] Sokon Matsumura fundiu os três estilos e criou o estilo shorin (pronuncia japonesa para a palavra chinesa shaolin), que é também a pronúncia dos ideogramas 少林 ("pequeno" e "bosque"). O nome shorin foi dado posteriormente, por Choshin Chibana, ao estilo idealizado pelo mestre Mastumura. Entretanto os próprios estudantes de Matsumura criaram novos estilos adicionando ou subtraindo técnicas ao estilo original. Gichin Funakoshi, um estudante de um dos discípulos de Matsumura, chamado Anko Itosu, foi a pessoa que introduziu e popularizou o karatê nas ilhas principais do arquipélago japonês.
O karatê de Funakoshi teve origem na versão de Itosu do estilo shorin-ryu de Matsumura que é comumente chamado de shorei-ryu. Posteriormente o estilo de Funakoshi foi chamado por outros de shotokan por seu apelido shoto; o kanji kan (館) significa prédio ou construção, e portanto shotokan significa "Prédio de Shoto". O estilo shotokan foi popularizado no Japão e introduzido nas escolas secundárias antes da Segunda Guerra Mundial.
Como muitas das artes marciais praticadas no Japão, o karatê fez a sua transição para o karate-do no início do século XX. O do em karatê-do significa caminho, palavra que é análoga ao familiar conceito de tao. Como foi adotado na moderna cultura japonesa, o karatê está imbuído de certos elementos do zen budismo, sendo que a prática do karatê algumas vezes é chamada de “zen em movimento”. As aulas frequentemente começam e terminam com curtos períodos de meditação. Também a repetição de movimentos, como a executada no kata, é consistente com a meditação zen pretendendo maximizar o autocontrole, a atenção, a força e velocidade, mesmo em condições adversas. A influência do zen nesta arte marcial depende muito da interpretação de cada instrutor.
A modernização e sistematização do karatê no Japão também incluiu a adoção do uniforme branco (quimono ou karategi) e de faixas coloridas indicadoras do estágio alcançado pelo aluno, ambos criados e popularizados por [Jigoro Kano], fundador do [judô]. Fotos de antigos praticantes de karatê de Okinawa mostram os mestres em roupas do dia-a-dia.

Graduação

As artes marciais provenientes do Japão e Okinawa, apresentam uma variedade de títulos e classes de graduações. O sistema atual de graduação de faixas coloridas é o mais aceito; Antes disso, muitos métodos distintos eram usados para marcar os vários níveis dos praticantes. Alguns sistemas, recorriam a três tipos de certificados para seus membros:
  • Shodan ou Shoudan: significando que se havia adquirido o status de principiante.
  • Chudan ou Chuudan: significava a obtenção de um nível médio de prática. Isso significava que o indivíduo estava seriamente comprometido com sua aprendizagem, escola e mestre.
  • Jodan ou Joudan: a graduação mais alta. Significava o ingresso no Okuden (escola, sistema e tradição secreta das artes marciais).
Se o indivíduo permanecia dez anos ou mais junto ao seu mestre , demonstrando interesse e dedicação, recebia o Menkyo, a licença que permitia ensinar. Essa licença podia ter diferentes denominações como: Sensei, Shihan, Hanshi, Renshi, Kyoshi, dependendo de cada sistema em particular. A licença definitiva que podia legar e outorgar acima do Menkio, era o certificado Kaiden, além de habilitado a ensinar, implicava que a pessoa havia completado integralmente o aprendizado do sistema.
O sistema atual que rege a maioria das artes marciais usando Kyu ("classe") e Dan ("grau") , foi criado por Jigoro Kano, o fundador do Judô. Kano era um educador e conhecia as pessoas, sabendo que são muitos os que necessitam de estímulos imediatamente depois de haver começado a praticar artes marciais. A ansiedade desse tipo de praticante não pode ser saciada por objetivos a longo prazo.
A graduação no karatê é importante para indicar o nível de experiencia dos praticantes, e é vista como sinal de respeito para os atletas menos graduados. Para demonstrar a graduação os caratecas usam uma faixa com uma cor na região da cintura. A ordem das cores das graduações variam de estilo para estilo mas como padrão, a faixa iniciante é a de cor branca.
Na classificação de faixas coloridas, Kyu significa classe, sendo que essa classificação é em ordem decrescente. Na classificação de faixas pretas, Dan significa grau, sendo a primeira faixa preta a de 1º Dan, a segunda faixa preta 2º Dan e assim por diante em ordem crescente. Em um plano simbólico, o branco representa a pureza do principiante, e o preto se refere aos conhecimentos apurados durante anos de treinamento.


Abaixo as cores de graduação por estilo:

Shotokan


  • Branca (7º kyu)
  • Amarela (6º Kyu)
  • vermelho (5º Kyu)
  • laranja (4º Kyu)
  • verde (3º Kyu)
  • roxa (2º Kyu)
  • marrom (1ºKyu)
  • Preta (1º Dan até 9º)

Goju-ryu

  • Branca (mukyu-sem kyu)
  • Amarela (6º kyu)
  • Laranja (5º kyu)
  • Azul (4º kyu)
  • Verde (3º kyu)
  • Roxa (2º kyu)
  • Marrom (1º kyu)
  • Preta (1º a 10º Dan)

Shorin-ryu
  • Branca (7º kyu)
  • Amarela (6º Kyu)
  • Laranja (5º Kyu)
  • Azul (4º Kyu)
  • Verde (3º Kyu)
  • Roxa (2º Kyu)
  • Marrom (1º Kyu)
  • Preta (1ºDan até 10ºDan)

Seiwakai

  • Branca (10° kyu)
  • Laranja (9° kyu)
  • Azul (8° a 7° kyu)
  • Amarela (6° a 5° kyu)
  • Verde (4° a 3° kyu)
  • Marrom (2° a 1° kyu)
  • Preta (1° a 6° Dan)

Kyokushin

  • Branca (10° kyu)
  • Laranja (9° kyu)
  • Azul (8° a 7° kyu)
  • Amarela (6° a 5° kyu)
  • Verde (4° a 3° kyu)
  • Marrom (2° a 1° kyu)
  • Preta (1° a 10° Dan)
karatê-do tradicional
  • BRANCA
  • AMARELA
  • AZUL
  • VERMELHA
  • LARANJA(7KIU)
  • VERDE(7KIU)
  • ROXA(7KIU)
  • MARRON(7KIU)
  • PRETA (1°á11°DAN)

Estilos



No karatê há um grande número de estilos e escolas. Os mais conhecidos atualmente são Shotokan, a escola Shotokai, Shorin-ryu, Goju-ryu, Uechi Ryu , Wado-ryu e Shito-ryu. Todos eles criados na primeira metade do século XX. O Kyokushin ("verdade final") é outro estilo muito popular, apesar de mais recente. Além desses, existem: Shobayashi, Matsubayashi-ryu, Kobayashi-ryu, Matsumura Seito e Matsumura Motobu. Desses se originaram estilos como Chito-ryu, Shorinji-ryu (Kempo) e Shorei-ryu. Outros estilos importantes incluem o Seido, Shudokan, Shukokai, Isshin-ryu e Shindo-jinen-ryu. Alguns mestres do karatê criaram estilos que são a combinação de vários estilos, como o JIKC (Japanese International Karate Center) ou o Kata shubu do ryu.


Assim, é possível relacionar a seguinte lista de estilos:
O significado da expressão OSS





OSS
OSS (cuja a transcrição exata do japonês é OSU) é uma expressão fonética formada por dois caracteres. O primeiro caracter "osu" significa literalmente "pressionar", e determina a pronúncia de todo o termo. O segundo caracter "shinobu" significa literalmente "suportar".
A espressão OSS foi criada na Escola Naval Japonesa, e é usada universalmente para expressões do dia-a-dia como "sim", "por favor", "obrigado", "entendi", "desculpe-me", para cumprimentar alguém, etc., bem como no mundo do Karate para quase qualquer situação onde uma resposta seja requerida. Para um karateka, OSS é a palavra mais importante.
A palavra OSS implica em pressionar a si mesmo ao limite de sua capacidade e suportar. OSS significa, de uma maneira mais simples, "perseverança sob pressão". É uma palavra que por si só resume a filosofia do Karate. Um bom praticante de Karate é aquele que cultiva o "espírito de OSS".
OSS não deve ser dito de forma relaxada, usando apenas a garganta, mas, como tudo no Karate, deve ser pronunciado usando o "hara" (tanden). Pronunciado durante o cumprimento, OSS expressa respeito, simpatia e confiança no colega. OSS também diz ao Sensei que as intruções foram compreendidas, e que o estudante irá fazer o melhor para seguí-las.


O que é Karate-Do Tradicional

O Karate-Do Tradicional é uma arte marcial originada a partir das técnicas de defesa pessoal sem armas de Okinawa, e tem como base a filosofia do Budo japonês.
Os objetivos do Karate-Do Tradicional são definidos pela filosofia do Budo, que se traduz na busca constante pelo aperfeiçoamento pessoal, sempre contribuindo para a harmonização do meio onde se está inserido. Através de muita dedicação ao trabalho, treinamento rigoroso e vida disciplinada, o praticante de Karate-Do Tradicional caminha em direção dessas metas, formando seu caráter, aprimorando sua personalidade.
Nesse sentido, pode-se afirmar que o Karate-Do Tradicional contribui para a formação integral do ser humano, não podendo, portanto, ser confundido com uma prática puramente esportiva. "Tradição é um conjunto de valores sociais que passam de geração à geração, de pai para filho, de mestre para discípulo, e que está relacionado diretamente com o crescimento, maturidade, com o indivíduo universal." [Johannes]
Cada pessoa pode ter objetivos diferentes ao optar pela prática do Karate-Do Tradicional, objetivos estes que devem ser respeitados. Cada um deverá ter a oportunidade de atingir suas metas, sejam elas tornar-se forte e saudável, obter autoconfiança e equilíbrio interior ou mesmo dominar técnicas de defesa pessoal. Autocontrole, integridade e humildade resultarão do correto aproveitamento dos impulsos agressivos existentes em todos nós.
A famosa expressão do mestre Gichin Funakoshi - "Karate Ni Sente Nashi" - define claramente o propósito anti-violência do Karate-Do Tradicional: "No Karate não existe atitude ofensiva".


"Se o adversário é inferior a ti,então por que brigar?
Se o adversário é superior a ti,então por que brigar?
Se o adversário é igual a ti,compreenderá,o que tu compreendes...então não haverá luta.
Honra não é orgulho,é consciência real do que se possui."

O Karate-Do Tradicional também pode ser visto como uma ótima ferramenta de manutenção da saúde, uma vez que suas técnicas contribuem para a formação de hábitos saudáveis como os cuidados com a postura, a respiração com o diafragma e a meditação Zen. Entende-se como saúde não só o estado de "ausência de doenças", mas também o bem-estar físico, mental e espiritual do ser humano.
Como defesa pessoal, o Karate-Do Tradicional mostra eficiência e eficácia em suas técnicas, possibilitando ao lutador defender-se de qualquer tipo inimigo. No entanto, mais que um simples conjunto de técnicas, o Karate-Do Tradicional ensina ao seu praticante algo muito além do confronto físico, que é a intuição e o discernimento perante uma situação de perigo, permitindo ao lutador captar a intenção do adversário, avaliar a situação e tomar uma atitude correta e consciente.
O verdadeiro valor do Karate não está em sobrepujar os outros pela força física. Nesta arte marcial não existe agressão, mas sim nobreza de espírito, domínio da agressividade, modéstia e perseverança. E, quando for necessário, fazer a coragem de enfrentar milhões de adversários vibrar no seu interior. É o espírito dos samurais.


Competição do karatê-do tradicional

A busca de vitórias em competições não é o principal objetivo do Karate-Do Tradicional. As competições são um meio que permitem ao praticante de Karate-Do Tradicional fazer uma autoavaliação técnica e emocional. Vencer ou perder numa competição não é o mais importante, o relevante é o crescimento como lutador e como pessoa que ela proporciona.
O que se exige dos lutadores numa competição de Karate-Do Tradicional é a eficiência na execução dos movimentos, ou seja, a dinâmica corporal utilizada para se aplicar os golpes, e não tão somente a velocidade ou o contato. Não basta acertar o alvo, é preciso fazê-lo da forma correta, baseado nos fundamentos técnicos do Karate-Do Tradicional. Isso exige um grande domínio físico e mental, e também estimula a busca pelo aperfeiçoamento pessoal e pelo refinamento da técnica. "Perder-se na beleza dos movimentos ou apenas buscar pontos numa luta não levam à perfeição!" [Nakayama]
Numa competição de Karate-Do Tradicional não há divisão de pesos. O lutador cujo físico é pequeno poderá vencer o grande, se estiver bem preparado. Ele deverá estar disposto a enfrentar qualquer adversário, seja qual for o seu tamanho.

As modalidades de competição são:

  • Kata individual - Apresentação individual de kata: Durante as fases eliminatórias, dois competidores executam o mesmo kata (que é escolhido pelo árbitro central) lado a lado, e o vencedor é aclamado pelos árbitros através de bandeiras. Na fase final, os competidores apresentam-se um de cada vez, executando o kata de sua escolha, e a decisão é tomada pela média das notas de todos os árbitros, descontando-se desta a maior e a menor nota.
  • Kata em equipe - Apresentação de kata e respectiva aplicação (bunkai) em equipes de três pessoas: Após a apresentação do kata, a equipe deverá apresentar uma aplicação para as técnicas do kata escolhido. A decisão é sempre tomada por nota.
  • Kumite individual - Combate individual.
  • Kumite em equipe - Combate em equipes de cinco pessoas: A cada luta são somados os pontos de cada lutador aos pontos de sua equipe. Será vencedora a equipe que obtiver o maior número do pontos ao final da última luta.
  • Enbu - Teatro marcial: Apresentação de aplicações de técnicas de Karate em duplas. A decisão é tomada por nota dos árbitros.
  • Fuku Go - Disputa individual que engloba kata e kumite, alternando a cada rodada: A ITKF instituiu o Kitei como kata oficial das competições de Fuku Go, para permitir as disputa direta (lado a lado) de competidores de estilos diferentes.


O Karate-Do Tradicional na educação e formação da criança


No mundo de hoje, valores como disciplina, respeito e companheirismo são muitas vezes deixados de lado. Pai e mãe freqüentemente trabalham e, às vezes, não têm condições de ajudar a construir estes valores na criança por não estarem sempre em contato com os filhos que, normalmente, passam seus dias em frente de uma televisão ou em contato com companhias inadequadas. Além disso, as escolas geralmente priorizam o aspecto intelectual, dando menos ênfase aos fundamentos da educação moral cujos ensinamentos estão voltados para o comportamento disciplinar e social.
A prática do Karate-Do sob a orientação de instrutores qualificados trará benefícios inestimáveis para a criança, pois se ela for bem orientada e motivada, será um grande passo para se evitar o aparecimento de certos vícios, como por exemplo o uso de drogas.
Nesse sentido, podemos dizer que a prática correta do Karate-Do Tradicional auxilia enormemente na educação, formação e desenvolvimento da criança. Ela aprende a respeitar, prestar atenção e a se relacionar com os outros. Com relação ao aspecto físico, ela estará sempre se exercitando, o que proporcionará um melhor desenvolvimento corporal, contribuindo para uma vida saudável em todos os aspectos.


A História do Karate-Do Tradicional


Grandes mestres do Karate mundial

Masatoshi Nakayama

Masatoshi Nakayama(1913-1987)

Mestre Nakayama nasceu em 1913 e começou seu treinamento no Karate com o mestre Funakoshi em 1937, aos 24 anos. Em 1955, ele foi indicado como Instrutor-Chefe da Japan Karate Association (JKA), devido ao seu grande talento como lutador e como mestre.
Como professor e diretor de Educação Física na Universidade de Takushoku (também conhecida como Takudai), Nakayama foi o pioneiro no desenvolvimento do Karate Shotokan por meios científicos. Escreveu vários livros (entre eles a série Best Karate), fez filmes didáticos e ministrou seminários pelo mundo inteiro, o que o transformou na maior e mais renomada autoridade no Karate Shotokan.
Mestre Nakayama faleceu em 1987, tendo cumprido seu objetivo de expandir o Karate internacionalmente, e tornando a Japan Karate Association na mais respeitada organização de Karate de todo o mundo.



Hidetaka Nishiyama

Hidetaka Nishiyama
Hidetaka Nishiyama nasceu em Tokyo, em 1928. Ele começou seu caminho nas artes marciais aos 5 anos de idade, através do Kendo, no qual obteve a graduação Sandan aos 16 anos.
Em 1943 descobre o Karate no Dojo dirigido por Gichin Funakoshi. Nessa época Funakoshi estava com 74 anos e Nishiyama com apenas 15!
Em 1945, Nishiyama entra na Universidade de Takushoku, famosa pelo seu Dojo de Karate. Um anos depois obtém a graduação Shodan e em 1948 obtém a graduação Nidan. No ano seguinte torna-se capitão da equipe de Karate dessa instituição.
Em 1949 é criada a "Japan Karate Association" (Nihon Karate Kyokai). Masatoshi Nakayama e Hidetaka Nishiyama são membros do corpo diretor.
Em 1950 obtém a graduação Sandan ao mesmo tempo em que é co-fundador da "All Japan Collegiate Karate Association", sendo eleito como primeiro diretor.
Em 1951 recebe seu diploma em Ciências Econômicas.
A primeira viagem de Nishiyama aos Estados Unidos se dá em 1953, quando se torna um dos instrutores da "Strategic Air Command", ensinando Karate nas bases militares americanas.
Nishiyama é nomeado diretor da "Japan Karate Association". Em 1955, a organização é remanejada sob o impulso de Nakayama e de Nishiyama que surgem assim como co-fundadores da "nova" JKA.
Em 1960 publica, em colaboração com Richard C. Brown, o famoso livro "The Art of Empty Hand Fighting", que logo se tornaria um best seller do gênero. Pouco depois, decide instalar-se na California, onde funda, em 1961, a "All America Karate Federation". No mesmo ano, organiza o primeiro campeonato americano de Shotokan, surgindo como o grande pioneiro desse estilo fora do Japão.
Em 1965, Nishiyama organiza um encontro entre uma equipe japonesa do "All Japan Collegiate Federation" e uma equipe americana. Entrevê, já, a criação de um Campeonato Mundial de Shotokan. Em 1975, Nishiyama organiza, em Los Angeles, seu próprio Campeonato Mundial, sob a égide de uma nova federação, a "International Amateur Karate Federation".
Sua grande dedicação e busca pela perfeição o fez continuar seus estudos na Universidade de Takushoku.
Hidetaka Nishiyama, por quase 50 anos, tem sido o grande promotor e seguidor do Karate Tradicional e o responsável pela popularidade de que hoje esse Karate desfruta.
Atualmente, Mestre Nishiyama é o Chairmain da ITKF.



Hiroshi Shirai

Hiroshi Shirai
Takeshi Oishi
Takeshi Oish



Grandes mestres do Karate-Do Tradicional brasileiro


Yasuyuki Sasaki

Yasuyuki Sasaki 7°DAN



Yasutaka Tanaka

Mestre Yasutaka Tanaka - 10° DAN - Trouxe o karatê para o Brasil




Yoshizo Machida
Yoshizo Machida 7°DAN




Hiroyasu Inoki



Tasuke Watanabe

Jackson P. Da Silva, Presidente da Federação de Brasilia Karatê-do Tradicional
shihan JACKSON 7°DAN





Mestre Magal, Presidente da Magal-kan Alexânia -Go

shihan Magal 5°DAN



Nome Cleydson Gomes da silva (mestre Magal) nasceu em Goiânia no dia 06/11/1970, ele começou seu caminhada nas artes marciais aos 10 anos idade, com o sensey Alenon Pereira Da Silva e cujo mestre era shiran Jackson Pereira Da Silva, na cidade de Alexânia-Go, no dia 01/01/1981, localizada na Avenida Brasília n°235, Karatê-do passando por vários estilos com seu sensey, que são KYOKUSHIN união shorin ryu karate-do Brasil, GOJU Ryu, Uechi- ryu, wado-ryu, kenshikay, e quando era faixa roxa assumiu a academia, passou a treinar em Brasília DF, pois seu sensey vinha de Brasília, para dar aulas em Alexânia-Go, localizado na época asa norte, 706, e em 1986 se formou faixa preta, examinado por Yasutaka Tanaka, Luis Watanabe, no dia 25/10/1986, vem dando aulas em Alexânia e cidades vizinhas, ministrou curso de defesa pessoal, para policia militar turma de 1994/95, em 07/07/1987, seu mestre fundou a federação de Brasília de karatê-do tradicional, no qual passei 27anos com o mesmo mestre,hoje ministro aulas de Karatê-,do, jiu jitsu,kickboxing, , fez vários cursos de artes marciais(gashoku)com todos mestre do Karatê-do tradicional do Brasil,e um internacional que são esses, o aluno direto do Gichin Funakoshi,o pai do Karatê moderno, Hidetaka Nichiama,Internacional em Curitiba em 1994, Yasutaka Tanaka,Yasuiuki Sasaki, Yoshizo Machida,Hiroyasu Inoki Tasuke Luiz Watanabe,  hoje treino e dou aulas de jiu jitsu também, estou aqui em Alexânia há mais de 25 anos e o melhor de ser um mestre, é poder contribuir com a disciplina dos nossos atletas e o principal, forma o cidadão de amanhã,oss. deixo aqui uma mensagem que sempre falo p/ meus alunos, que o melhor lutador do mundo é aquele que vence com palavras e não com pancadas, pensamento do Mestre. A verdadeira filosofia das artes marciais é essa, arte marcial é uma filosofia de vida para toda a vida... Oss...

Estilo e escola

Em termos de artes marciais, há que se notar que a palavra Escola não tem o mesmo sentido empregado no uso comum. O karatê é uma arte marcial que se subdivide em diversos estilos, o Shorin-ryu sendo um dos mais antigos entre eles. Cada estilo (ryu) é uma forma particular de se praticar uma determinada arte marcial. Nesse sentido, membros de estilos diferentes terão nomes diferentes para golpes semelhantes, katas e kihons próprios, diferentes progressões de faixa e até mesmo metodologias de ensino variadas. O que une os diferentes estilos é a consciência de que são como galhos de uma mesma árvore, no caso a arte marcial em questão


As escolas (kan), por sua vez, são visões particulares de um determinado estilo. Muitas vezes elas se originam como tributos a Mestres muito graduados e, algumas vezes, acabam se transformando em estilos propriamente ditos, como foi o caso do estilo Shotokan, que deve ser mais corretamente chamado de Shotokan-ryu (uma vez que Shotokan seria a Escola de Shoto e Shotokan-ryu seria o Estilo da Escola de Shoto). Uma Escola, em termos de artes marciais, não é, portanto, um local de aprendizado de técnica, mas um conjunto de idéias dentro de um estilo. Os locais de aprendizado são chamados de Dojos, sendo estes filiados a alguma Escola. É neles que as pessoas aprendem Karate.




Como desporto


O karatê também pode ser praticado como um esporte competitivo, muito embora não possua status de esporte olìmpico como o Judô e o Taekwondo. Isto se deve ao fato de que não há uma organização centralizadora para o karatê, assim como não existem regras uniformes entre os diversos estilos. A competição pode ser tanto de kumite como de kata e os competidores podem participar individualmente ou em grupo. Vale lembrar, no entanto, que o karatê é considerado como modalidade olímpica, reconhecida pelo COI em 1999, uma vez que está de acordo com a Carta Olímpica. A Organização Mundial de Administração que foi reconhecida é a Federação Mundial de Karatê.


Na competição de kata, pontos são concedidos por cinco juízes, de acordo com a qualidade da performance do atleta, de maneira análoga à ginástica olímpica. São critérios fundamentais para uma boa performance a correta execução dos movimentos e a interpretação pessoal do kata através da variação de velocidade dos movimentos (bunkai). Quando o kata é executado em grupo (usualmente, de três atletas), também é importante a sincronização dos movimentos entre os componentes do grupo.


No kumite, dois oponentes (ou duas equipes de lutadores) enfrentam-se por um tempo, que pode variar de dois a cinco minutos. Pontos são concedidos tanto pela técnica quanto pela área do corpo em que os golpes são desferidos. As técnicas permitidas e os pontos permissíveis de serem atacados variam de estilo para estilo. Além disso, o kumite pode ser de semi-contato (como no estilo Shotokan), ou de contato direto (como no estilo Kyokushin).


Tabela de pontuação utilizada pela Confederação Brasileira de Karatê-do (CBK), e entidades a ela filiadas:
  • Ippon (um ponto) - soco na área do abdome, do peito ou do rosto.
  • Nihon (dois pontos) - soco ou chute na área das costas; chute na área do abdome ou do peito, independentemente do oponente estar caído ou não; seqüência pontuável em que o oponente seja atingido com, pelo menos, dois socos, na área do abdome e/ou do peito e/ou do rosto; seqüência pontuável em que o oponente perca o equilíbrio (por si só, ou após receber uma técnica de varredura ou projeção), e seja atingido, logo em seguida, com um golpe pontuável (exceto chute na cabeça), desde que esteja caindo ou de costas.
  • Sanbon (três pontos) - chute na cabeça, com contato controlado (ou, dependendo da categoria em disputa, com aproximação de 5cm a 10cm, desde que o oponente não esboce reação), independentemente do oponente estar caído ou não; derrubar o oponente com técnica de varredura ou projeção e, num intervalo de até 3 segundos, aplicar uma técnica pontuável (exceto chute na região do abdome), desde que o oponente esteja completamente caído, sem chances de contra-atacar.
Há, ainda, confederações que utilizam tabela de pontuação semelhante a esta. Por exemplo, a Confederação Brasileira de Karatê-do Interestilos (CBKI), bem como as entidades filiadas à mesma, utilizam wazari (meio ponto - ○), para golpes chudan (altura do tronco); e ippon (um ponto - ●), para golpes jodan (altos), ou indefensáveis. Nesse sistema de luta, o combate termina quando o tempo expira ou quando um dos dois oponentes atinge três pontos (sanbon), daí o nome do sistema de disputa ser Shobu Sanbon (disputa por três pontos). Uma variação desse sistema é o Shobu Ippon (disputa por um ponto), onde vence aquele que conseguir um ippon ou dois wazari. Há, ainda, outra variação: Shobu Nihon (disputa por dois pontos), na qual vence aquele que obtiver dois ippon ou quatro wazari, mas esta última forma de disputa é mais utilizada para competições infantis.




Dojo kun


É o conjunto de cinco preceitos (kun) que são normalmente recitados no começo e no fim das aulas de karatê no dojo (local de treinamento). Estes preceitos representam os ideais filosóficos do karatê e são atribuídos a um grande mestre da arte do século XVIII, chamado Tode Sakugawa.




  • HITOTSU - JINKAKU KANSEI NI TSUTOMURU KOTO
    • Esforçar-se para formação do caráter!
  • HITOTSU - MAKOTO NO MICHI O MAMORU KOTO
    • Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão!
  • HITOTSU - DORYOKU NO SEISHIN O YASHINAU KOTO
    • Criar o intuito de esforço!
  • HITOTSU - REIGI O OMONZURU KOTO
    • Respeitar, acima de tudo!
  • HITOTSU - KEKKI NO YU O IMASHIMURU KOTO
    • Conter o espírito de agressão!

Vocabulário


DOJO - local onde se pratica uma arte marcial; academia.
KUN -
mandamento; obrigação.
HITOTSU - um; uma unidade.
JINKAKU - caráter; personalidade.
KANSEI - formação; conclusão; término; acabamento.
TSUTOMURU - esforçar-se; empenhar-se; tentar arduamente.
MAKOTO - verdade; sinceridade; honestidade.
MICHI - caminho.
MAMORU - obedecer; respeitar; guardar; cumprir; defender.
DORYOKU - esforço; empenho.
SEISHIN - espírito; alma; vontade; intenção; mentalidade.
YASHINAU - alimentar; sustentar; manter; criar.
REIGI -
etiqueta; cortesia; civilidade; boa educação; respeito.
OMONZURU - respeitar; ter muita consideração; apreciar; estimar; venerar; honrar.
KEKKI - impetuosidade; arrebatamento; violência.
YU - vigor; coragem.
IMASHIMURU - repreender; proibir; reprimir; conter.
KOTO
- sufixo que transforma a expressão em uma ordem.
NI - para.
NO - de; do; da.
O (WO) - indica objeto direto.

  • Dan: nível de faixas pretas
  • Kyu: nível de faixas abaixo da preta
  • Giaku golpe com a mão aposta à perna que está à frente
  • Oizuki: golpe com a mesma mão que a perna que está à frente
  • Sonoba: parado
  • Kimé: união de força mental e fisica
  • Gedan: zona baixo
  • Gohon Kumitê: trabalho com o adversário,em cinco passos
  • Hajimê: começar
  • Hikitê: recolher a mão ao quadril, enquanto o outro trabalha
  • Hiki-Ashi:recolher o pé
  • Ippon kumitê: trabalho com o adversário, em um passo
  • Jodan: zona alta
  • Yoko: lateral
  • Mawashi: semi-círculo
  • Mae: frontal
  • Kamaête: posição de guarda ou combate
  • Kiai: união do corpo com o esperito, momento em que se liberta o máximo de força e velocidade
  • Kihon: trabalho de todas as técnicas de deslocação
  • Hantai: dar meia-volta
  • Seizán: em posição para a saudação
  • Tchudan: zona média
  • Yamé: parar
  • Yoi: posição de espera , pronto para trabalhar
  • Keri Waza ou Gueri:tecnica de chute
  • Tizuke Waza :tecnica de soco
  • Uke Waza:tecnica de defesa
  • Shuto: golpe com a mão aberta
  • teishou: golpe com a palma da mão
  • Empi: golpe com o cotovelo
  • Hiza: golpe com o joelho
  • kakato: golpe com o calcanhar
  • Hantei: decisão por bandeirada (votação dos árbitros auxiliares) de uma luta empatada
  • Hiki-Waki: empate
  • Nokachi: vitória
  • Shiro: competidor de branco, ainda usado em competições da FPKI e da CBKI
  • Aka: competidor de vermelho
  • Ao: competidor de azul
  • Dachi: posição das pernas (Exemplo: fudo-Dachi, zenkutsu-dachi, shiko-dachi, ShikoDashi-dachi etc)
  • yoshiro: parte de atrás
  • ura: golpe giratório
  • Tobi: golpe pulando
  • Moto no ichi: posição inicial
  • Shodan: primeiro (1º)
  • Nidan: segundo (2º)
  • Sandan: terceiro (3º)
  • Yondan: quarto (4º)
  • Godan: quinto (5º)
  • Nihon: duplo
  • Sanbon: triplo
  • Yonbon: quádruplo
  • Gohon: quíntuplo

Referências


  1. Também conhecido pelo barbarismo "karatê" no Brasil.
  2. Caraté - nome correcto para utilização na língua portuguesa em Portugal, em substituição do estrangeirismo japonês
  3. Ciberdúvidas da Língua Portuguesa - A forma mais correcta em Português de escrever é CARATÉ, sendo no Brasil Caratê, mas nunca em português com a letra 'k'
  4. Higaonna, Morio (1985). Traditional Karatedo Vol. 1 Fundamental Techniques, 17.
  5. Higaonna, Morio (1985). Traditional Karatedo Vol. 1 Fundamental Techniques, 17.

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